terça-feira, 29 de maio de 2012

NigUmConto #01 - O Santuário Quer Voltar: Cap.01

Eaí meus Queridos. O NigUmConto #01 tá no ar! Ííuhúú!  E o Texto de hoje é intitulado: O Santuário Quer Voltar; Cap.01 - Ambientada no Universo: Os Cavaleiros do Zodíaco. Eaí! O que ta esperando pra ler?
O Santuário Quer Voltar
Capítulo 1

— O que é isso? - Perguntou pra si mesmo olhando o cerco de árvores gigantes, em troncos espessos com cascas grossas espedaçadas, a se perder de vista pro alto, aparentando ser mais velhas do que aparentam em ser.
As passadas quase afundam nas turfas macias e seu pescoço avisa que está com dor quando olha para cima. Uma clareira se abre do nada, com paredões em rochas como ferro e folhas com arames em cor de chumbo ao fundo tampando a vista para o horizonte. O dia está frio e úmido, muito úmido, que até deixam pegadas.
 O pescoço ainda doe e as pegadas começam a afundar. — É neve! - Todo lado agora tem neve. Uma sombra. — Há uma sombra. - O ombro declina e junto à cabeça parece doerem. — Um animal? Um cavalo. É um cavalo. - Seu pensamento é que quase doía.
A relva branca com as pegadas do bicho mostra as ferraduras bem delineadas na neve. Logo também deva a ficar de todos nela. Seguindo e nem olhando para trás, há sombras mais a frente e não deve ser de árvores, e o sol se quer aparece. Sem sombra o animal some. É hora de se aproximar mais rápido.
Esboçando uma corrida até atrás de uma das árvores, que lembra muito uma sequóia de ferro sólido, ele vai até ela, se esquiva e só vê uma sombra branca. Ela se vira sem olhos com uma ponta no meio da testa parecendo uma lança sem ponta e atinge como um raio em seu peito.
O susto é repentino e a cadeira levemente movimenta-se para trás. — Um sonho. Um pesadelo! - Parece ter acordado com um choque de um sonho ruim. Limpando a boca babada e esfregando um pouco os olhos com a única iluminação do ambiente de trabalho, ele se ergue.
A tela do computador está em repouso, porém apagada com um feixe de luz num dos cantos e sua caneca ao lado está vazia. Ele acordara de boca aberta com um pouco de saliva nos cantos dos lábios, mas sua garganta estava seca. A procura de algo pra beber era instintiva, de imediato. Muitos papéis ali espalhados na mesa. Antes de ir à cozinha e ligar a cafeteira, ele ajeita tudo lendo os tópicos de cada folha e endireitando-as na frente da tela do PC e a impressora.
Já na cozinha, a princípio uma bela de uma cozinha, um cômodo não separado por parede fazendo divisa com a bela sala até o fundo, a cafeteira fazia o seu papel sem muito barulho. Os olhos pro relógio na parede em cima do forno de microondas apontavam para o meio da noite: 20:30hs. Há essa hora dizia que o apagão que teve seria de excesso de trabalho e não excesso de ser outra coisa qualquer: — Você tem 26 anos, é muito jovem. E o sonho foi ruim.
Esse novo cargo que Fael Kalevi Dall Valle no qual foi promovido, onde se impôs em se submeter logo depois de terminar a faculdade de economia, o fez explodir a cabeça em menos de 1 mês. É certo que agora é consultor e tem certo prestigio, especialmente com a mãe, como: comprometimento - status - salário ( principalmente este há poucos meses ) na empresa Hermans e Hermans Consultoria, um bom empreendimento de consultoria em finanças e negócios em geral onde trabalha há 5 anos, mas desde Abril está assim, desse jeito, e é por isso que decidiu dar conta levando parte do seu trabalho para casa, assim irá a aprender e a se adaptar com o novo cargo de alto nível exigido.
Os negócios pelo que se pode ver está a mil por hora, ainda mais a empresa fazendo acessória para o governo como esse, e nesta capital deste tamanho e porte. Estamos no fim de Outono, mas aqui, nunca é Inverno sendo Fael ter nascido e tido uma boa parte da sua infância em outra cidade.
 Ajeitando as papeladas, e muitas por sinal, deixou sua caneca de café sobre a escrivaninha, e foi pôr roupas mais confortáveis que aquela do trabalho. Voltando ao batente, ele que se encontra trabalhando sozinho na casa. Sua programação é e será simples: deixar em ordem os nomes, empresas pelo faturamento de ascensão ou não. Correto e Errado. Canetão Verde, Canetão Vermelho. Cota 1, Cota 2, Cota 3. É isso o que ele fazia até então antes de cruzar e apoiar os braços e pegar no sono.
Vai sequência de papéis e tempo. Uma irregularidade se demonstrou como um ser monstruoso de ser só pelo destino com nomes, desígnio e cota. Tudo errado. Deparou-se com dúvidas e seguiu lendo. O seguinte relatório condiz que R$ 7 milhões irão para uma Biblioteca Municipal, mas para destinatários com contas de bancos diferentes.
— Isso é um desvio. Há nomes com pareceres bem esquisitos. Além de errado, fizeram tudo errado. - Disse em tom de gozação - agora eu sei, tenho um cargo de alto nível - e continuou a ler o resto. Nomes e sobrenomes, desconhecidos e conhecidos da política, pelo que se lembrara de ter votado em algum.
Terminou o café e a ler. Havia mais que uma irregularidade e desvio de verba conjunta. Havia sim, se pudesse contar mais que valores, ele não saberia explicar a soma dos motivos pelos quais suas mãos agora estavam tremendo. Será que é de ansiedade? Acho que não.
— Preciso fazer alguma coisa. Aham... Isso não é certo. Não, não. Se eles mexem os pauzinhos, também vou mexer os meus. - Ta aí, algumas palavras que tiraram a tremedeira das mãos dele e venho a palavra família. Família que gostaria de antever o que está em suas mãos.
Como ninguém está em casa, em plena quinta-feira, seu celular estava apronto na sua mão. As horas marcavam 21:33hs, e sua namorada Milly está em seu curso, foi o primeiro nome que apareceu no Disk Rápido do aparelho. Mesmo assim deu um toque, é próprio dela nunca atender em meio as suas aulas. Já passara do intervalo, mas quando acabar ligará de volta, sempre liga antes mesmo de ela pensar em ligar. — Ela irá retornar. - Insistiu Fael em seu pensamento.
 Agora o número discado é do seu pai, que está com sua mãe e irmãs menores. Todos estão no outro lado da cidade na casa da tia Luiza Helena. Família que já não estavam em casa antes mesmo de ele chegar do trabalho quando as irmãs tinham escrito um bilhete com o destino posto na mesa.
Segurando um dos papéis numa mão, a mensagem de que seu pai tinha deixado o celular desligado não lhe frustra totalmente, sabendo que seu pai não é chegado em tecnologias avançadas e só tem um celular pra ligar e receber ligação só da família, mas desta vez essa premissa não funcionou muito bem e seu dedo já discava para sua mãe.
— Merda! Merda! - Falou deixando a folha de sua mão em cima do balcão ao se levantar escutando no celular.  A falta de frustração que não teve ao ligar para seu pai foi recompensada com a vez da sua mãe. - Está fora de área de alcance - tinha dito a voz robótica do smartphone
— Por que minhas irmãs não têm celular caramba! Nem tenho o número da tia, aquela louca, e agora meu pai querido? Por que você não gosta dessas “merdinhas”? Eu já deveria ter comprado pra elas. - Sua desaprovação na voz era nítida para com o Sr. Nestor. O pai que não é fã de tecnologias avançadas.
Suas irmãs menores, Ketlin de 9 anos e Larissa de 7, deveriam estar abusando dos telefones a esta altura, seriam duas chances a mais, mas o Sr. Nestor, o querido pai, é daqueles típicos e peculiares bom velhinho sem noção de tecnologia. É claro que ele até o momento sustentava toda casa, toda família, e talvez lhe poupasse esse devido favor, se é que pode ser dito assim, depois que sua mãe, a Sra. Marília teve a caçula, ela não voltou a dar aulas na escola onde lecionava geografia.
O telefone toca. — Da sala até onde estou são 15 passos. - O smartphone então deixado pra trás.
Um apagão. E é em quase todo o bairro por onde a vista consegue enxergar pelas janelas a fora. Os fios dos cabelos claros como mel são empurrados pelo vento passageiro cobrindo as orelhas. As cortinas se dobram como se elas estivessem com muito frio. Trovoadas. Vem chuva por aí.
Quase do meio da sala o instinto fora sido de se abaixar. Um grande pássaro entrou pela janela do centro da sala e sumiu. O barulho irritante do telefone toca. O susto retorna com as persianas batendo onde se refletia uma pequena luz. O exalar de uma fumaça ao sair pela boca chama a sua atenção. Está frio? - Está congelante! - A claridade é pouca, muito pouca e diminuindo.
A casa é grande, a sala é espaçosa. Um som de um tapa na parede parecia ter ouvido do corredor. Está frio. Sua mente está pesada, está cheia. Imóvel e sem entender nada, a claridade se esvai. As pálpebras pesam. O som do telefone toca novamente. Suas mãos não alcançam nada, nem o sofá. - Você cairá - E ali ficou estirado sobre o tapete.
Um aço se bateu? É este o som que Fael ouviu.  — Aham, malemal eu pude me mexer. - A claridade de todas as lâmpadas dificulta a sua visão anuviada, que aos poucos começa a clarear. — Um apoio. Eu preciso de um apoio.
Agachado, uma das mãos se apóia com força pra se levantar, e a outra, já está na coxa esquerda. Ele olha e a imagem branca lhe alfineta em um dedo qualquer, não há nenhuma reação para com o pássaro. Sentindo só sua mão direita tateando o apoio em relevo, precisamente sobre uma pedra, uma grande pedra escura, nada mais que isto consegue ser notado.
Com sua visão voltando ao normal e erguendo-se com a pouca força que lhe parece ter, e olhando para baixo, seus cabelos raspam na tal ave ali, bem ao seu lado.
— Um Cisne? - Sussurrou como um vento assovia por entre as portas. O pescoço do animal empina-se como uma girafa, e imóvel, Fael se vê por entre os olhos da enorme ave branca numa cor que se reflete em um tom azul celeste e gelo ártico. Sua reação é para ela agora, e nenhum FRIO é tão bom - quanto eu sinto agora -.
Continua...

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