Eaí
meus Queridos. O NigUmConto #01 tá no ar! Ííuhúú! E o Texto de
hoje é a continuação: O
Santuário Quer Voltar; Cap.02 - Ambientada no Universo: Os Cavaleiros do Zodíaco.
Eaí! O que ta esperando pra ler?
O Santuário Quer Voltar
Capítulo
2
Parecia
que o ponto de interrogação ainda estampava muito mais que espanto ao se olhar
pelos olhos da grande ave em olhos surreais, quanto os olhos humanos ai de ser.
Os
ruídos dos postes de luz lá fora faiscando, fez com que sua direção, quase em
freios, não olhasse para a sua armadura, sua atenção era como não tivesse somente
uma, ou nenhuma. Armadura? Um traje como um segundo corpo firme, um corpo sobre
um corpo adequadamente perfeito dos pés a cabeça. Sua altura, não muita, via-se
as suas próprias sombras dançarem nas paredes em flashes maiores e menores com
pretensões sinistras caracterizadas pelo traje ainda não distinguido.
—
Ande. Vá. Saia. – Disse a voz.
Sua
atenção foi a ela e sua mente distraída olhara.
—
Vá. Saia. – Disse a mesma voz.
—
Não pode ser. To te escutando, ave, cisne. Cisne? O que? – Contrariou-se aos
olhos surreais. — Não ta acontecendo. – Querendo acreditar ou não, em um sonho qualquer.
O cenário? Parecia de um.
As
asas bateram, as luzes piscavam freneticamente ao ponto de algumas queimarem.
Sua voz saiu fraca.
— Porque não saiu? – se perguntou por
causa da voz. — Não ando. O que ta acontecendo? – disse ele fechando os olhos
pelo perigo das asas do pássaro que lhe batiam.
—
Ande. Saia. – A voz parecia um guia orientando-o.
A
ave levantou e aterrissou na ponta do sofá com olhos fixados nele. A claridade
estava sendo comida pela escuridão que entrava. O apagão estava por vir. A
persiana semi-aberta lhe dizia isto. As cortinas claras se dobravam como
minutos antes. O aço?
—
Pedra? O que essa pedra ta fazendo aqui? – endireitou-se o corpo ao cisne. — A
ave...
—
Ande. Agora Fael. Ande. – Disse a voz orientadora.
—
Q-ue? – a voz falhou. — O que é que ta havendo? Por que eu não acordo? Vamos! Ande...acorde
Fael, vamos...
—
Ande agora Fael! – A voz veio direta aos seus ouvidos como se ela estivesse
grudada na cabeça.
—
Porque não acordo, to pe-sa-do – ignorou a voz e as pálpebras começavam a se
fechar sozinhas. — Que-ro sair da-qui. – assim paralisado que até a voz
fraquejou. Seu corpo estava a mudar, a trocar, a se juntar, ou melhor, estava
se tornando um só corpo.
O
aço bateu por fim. Fora à pedra que abriu em quatro partes quadradas como uma
rosa com suas pétalas de rosas se abre. As duas últimas lâmpadas se apagaram do
cômodo da cozinha. Seu punho tateava e tateava. Seus joelhos estavam dobráveis
e seus olhos não queriam se fechar. Seus dedos tateavam as estrias que... as
asas do cisne chamou sua atenção.
—
Ande Fael. Agora! Ou não tarda a morrer. – A voz antes neutra, desapareceu. E
as luzes antes fracas, agora piscavam mais lentas, e a claridade de um dos postes
de iluminação lá fora, uma luz de lá, ascendeu.
Trovoadas. Houve chuva antes ou chuva agora?
Sua atenção estava para as cortinas balançando suavemente e a sacada, encoberta
por ela. O esforço foi mínimo e seu punho lhe sustentava a força. Uma coisa lhe
prendeu, mais que a possibilidade de se levantar. — O que há comigo? – perguntou pra si, mas ele não queria se
perguntar da sensação que estava tendo com aquelas cortinas. Ou da direção
delas.
—
Tenha raiva. Não hesite Fael! Tenha raiva...agora! – a voz em seus ouvidos tornou-se
severa.
Ao
contrário da voz da ave, os olhos de Fael não acompanharam os braços negros que
lhe derrubara. O pássaro voara na direção da pessoa encoberta pelo capuz, e o
capuz deitou-se nas suas costas. A mão de Fael facilmente procurou o apoio do
outro lado do sofá e já estava de pé, querendo e querendo quebrar alguma coisa,
alguma coisa que lhe pensava. — Vai
roubar? Quem é? Quer quebrar!
O
cisne voa, mas na direção da parede em qual foi ricocheteada. O projétil de
armário veio pra cima de Fael com murros e pontapés, um atrás do outro,
enquanto ele só conseguia ver o que só conseguia se defender. Não aguentou e
caiu para o lado reverso do outro sofá. O tapete até ficou úmido pelas passadas
do homem vestido em negros panos úmidos em olhos de grande ardor em matar.
A parede pode sentir a armadura, mas não ele.
—
Você tem, mas não há tem. – disse o homem erguendo seu braço pra atacar. — Vou
te matar com isso.
Seu
braço acertava e os punhos de Fael lhe protegiam instantaneamente pelo ataque.
Além de não entender até agora o que aconteceu e o que está acontecendo, a ave
saltou e tentou afundar nos ombros largos do corpulento
projétil de armário.
O
instante foi momentâneo. Fael até o momento não pensava em atacar e o cisne
sim. Fael só estava recuado e sem entender. O cisne tinha lhe falado. — Comigo? – Caiu a ficha enquanto a ave
foi parar mais longe de aonde veio. — Preciso
quebrar. – pensou. — Raiva é
ataque. – Entendeu ao dizer pra si. — Tenha raiva. Não hesite.
—
Você se protege com ferro, heim! Eu tenho ferro! – Os dentes e a face eram como
a voz: corpulenta, estragada, morta e furiosa. É verdade que ele tinha aços em
seus punhos, mas as mãos eram maiores que só o pulso. Era o dobro.
Fael
olhava e olhava e apanhava até se erguer. Um chute. A figura musculosa sentiu e
recuou. Foi um erro? Talvez. Mas os movimentos dele veio direto agora com chutes
mais fortes, dados por ele, o homenzarrão.
—
To cansando já de você. Vou te matar é agora! – Esbravejou parado, porém
inquieto. Ficou ali por alguns segundo olhando para Fael em seu elmo que
refletia um feixe de muita pouca luz das lâmpadas que piscavam devagar e
devagar.
Fael
até que se sentiu ameaçado, só que ele não sabia o quanto. Uma das mãos do
projétil estava à mostra, com os dedos grandes e quase fechados que não dava pra
ver o que ele tinha. Uma granada. O tal homem tinha puxado o objeto e estava
segurando na altura dos ombros, mostrando é claro que ele a segurava. Agora sim,
Fael sentiu estar ameaçado. E seus olhos lhe preocupava.
—
Me dê à armadura. Você não usa e eu não te mato. – Falou a cara grosseira quase
serrando os dentes. Sua voz que parecia tudo isso, um ogro maior que Fael, pois
é bem verdade, mas assim ele só parecia um, foi na falta de claridade, mas
neste instante, na folga da pancadaria, ele se apresentava e projetava-se como
um caçador e não como um animal com fome e muito menos um projétil de armário
com trapos e botas negras.
Sem
luz em quase todo o bairro lá fora e a chuva caindo por volta e meia, fraca e
lenta, alguns lampejos e as lâmpadas hora piscava, hora não. Acelerado como
estava por dentro, Fael nem sentia frio e nem quente, não sentia que era aço e
nem ferro, ela sim, a armadura estava à mesma: sólida e com raiva.
—
Então! Vai me dar ela, ou vai querer ver sua família? – Perguntou a voz do
caçador.
O
silêncio estava demorando e Fael não soube e nem sabia responder. Na verdade
não queria. Sua armadura até agora lhe impediu de socos e pontapés deste daí
com cara de poucos amigos. E acima de tudo, se sentia tão bem como quisesse ter
forças para bater nele agora. Agora que neste momento em que o homem riu e Fael
pode notar e antever o errado que estava por vir.
As
garras do cisne por um triz, elas não pegariam a granada das mãos do
homenzarrão. Foi um descuido. A ave agarrou e voou rumo à sacada a fora. O
homem ficou sem reação e Fael de um instante tenso, estava aliviado e contente
por dentro. — A armadura! O que ela... – Os
pedaços da armadura bem definidas em seu corpo começaram a sair de seu corpo,
como se elas estivessem sendo puxadas por mãos dos próprios ferreiros que a
fizeram.
A
figura corpulenta do homem estava com uma das mãos tampando os olhos, mas a luz
da pedra ao seu lado começava a refletir fortemente só nele, cada vez mais, até
que ele teve que tampar com as duas mãos o seu rosto.
Krrshssss...
phwsh. - O sangue do homenzarrão não era escuro e nem tão vermelho assim como
este homem aparentava em ser.
Foi
muito rápido. O elmo da armadura, a última parte fixada em Fael, que imóvel ele
permanecia, com as partes em formas de asas flutuou e cortou, e a grande pedra
escura se fechou.
A
garganta em duas linhas de cortes profundos, o elmo girando, Fael não conseguia
pensar em mais nada, tão branco, como sua pele é, seus cabelos desajeitados
pelo elmo e seus punhos doloridos, não conseguia pensar além de ver um morto em
sua sala com as fracas luzes: hora apagando, hora ascendendo.
—
Seus olhos não estão mentindo, Fael. – A voz da ave branca estava perto e ao
olhar na direção onde parecia ter ouvido, lá estava ela, o semblante de um
cisne que não é um cisne como achou que fosse, ali, com garras na beira do sofá,
olhando com seu pescoço de girafa curvada para ele, em olhos bem nítidos e
surreais.
Continua...
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