sexta-feira, 15 de junho de 2012

NigUmConto #03 - AURORA: O Selo Órion - Cap.01

Eaí meus Queridos. O NigUmConto #03 tá no ar! Ííuhúú!  E o Texto de hoje é intitulado: AURORA – O Selo Órion; Cap.01 - Ambientada no Universo: A Batalha do Apocalipse. Eaí! Vaí ler ou não Vaí?
AURORA
O Selo Órion
Capítulo 1

Não há pós...
Tsafon, Monte da Congregação, incontáveis dias...

— Daqui adiante, seguirá sozinho. - falou Nathanael. — Ou melhor. – corrigiu-se se adiantando. — Me encontrará aqui de volta, meu amigo. Não poderei entrar nesta Casa. — Os olhos difusos do atlante ao lado, estavam indagados pela situação.

— Vá! Deve-se caminhar até ele. Esperarei aqui. – mostrou-lhe a mão para a escadaria de mármore perante a figura altiva e virtuosa de Órion, aparentemente numa pontinha de aflição, daquelas que dão friozinhos na barriga nos seres humanos, mas o Rei Caído, nem chega a ser um deles.

— Nathanael – se pronunciou o atlante disfarçando o seu intuito incômodo, por ver a conservadora postura do ofanin mais alto do que ele, numa luz de pureza usando uma túnica clara, única e magistralmente combinando com seus lindos fios de cabelos e olhos dourados. — Agradeço pelo seu turismo. - quis dissolver numa brincadeira e se pôs a andar, e subir os primeiros degraus. — Então, espere a volta Nathanael. Não espere por esperar. - sua dissimulação fora forçada ao encarar o topo coberto por névoas.

O Mais Puro, em seu lívido ser, acompanhou num cruzar de braços a figura honrosa de seu amigo passar pelos grossos arcos e pilares, e desaparecer rumo à alta Casa, o Santuário do Alvorecer.

O vento ameno e a entrada da alta Casa, transformava tudo tão gigantesco para ele, o Rei Caído, que presenciava o absurdo diante dos seus olhos negros, tanto iguais de negridão, como se eles fossem pérolas negras, daquelas dentro de conchas retiradas do fundo de oceanos frios.

Sua feição amistosa não escondia o quão surpreso o que estava contemplando. Estava no Santuário do Altíssimo. O salão se agigantava mais dentro do que visto por fora. O chão de mármore escuro nunca visto e nunca pisado por ele, dava um inigualável sentimento nunca sentido antes. — Como? Como eu posso? Não era para eu estar aqui. - ainda insistia em sua mente desde quando o Quinto arcanjo tinha lhe dito há décadas. E esse dia era hoje. Estava no agora.

— hûm hûm hûm. - o riso abafado e o os passos surgiram do além do vazio por entre os poucos pilares. — Está abismado, meu caro irmãozinho! - surgiu à bem perto, ao lado dos tronos divinos, eram sete, e o do meio, o maior de todos.

Uma aura com sua leveza.

O surgimento dessa aura resplandecia incandescente e divina, pura de um traje muito elegante como Nathanael, até a altura era a mesma, embora os adornos sejam em verde-broto. E as asas? O arcanjo em penas brancas, mais parecia nuvens das montanhas pela má iluminação e o elohim, como ouro escurecido. Mais saibam que a veracidade antes permitia o uso delas nesta Casa.

Órion nada disse, e acompanhava o trajeto da figura altiva vindo em sua direção. Atrás e nos lados, o que via não passava de enormes e maciças paredes demarcadas, e brechas que se sucediam em escuridão. E tudo corria até bem se seus olhos pudessem captar o que acabara de se transformar. O salão tornou-se numa espécie de auditório, aos lados estavam três fileiras de tronos em pedras retalhadas. Os sete tronos divinos se engrandeceram como que muitos construtores a erguessem do mesmo lugar e fizessem dois pedestais como parte delas, e o trono do meio, este, o mais realçado.

— Rafael! Como eu posso estar aqui? - atônito, finalmente o atlante perguntou. — Não posso imaginar, isso. - As sobrancelhas se retraíram como a testa de uma pessoa que força as vistas, não podendo enxergar algo nítido.

— Imaginar? Talvez. Mas por quê? Isto sim, eu tenho que lhe responder, caro irmãozinho. - soou a voz límpida como seu jeito de ser sublimemente.

Rafael segurava duas taças de cristais vazias. Uma beleza elegante mais ao mesmo tempo, ambiciosa e alegre andava a passos lentos. — Talvez isso não! Tenho perguntas antes, Rafael. - seu pensamento transgredia em interrogatório. Mas a principal, mesmo sabendo, ainda não lhe foi perguntada. Malemal chegou! E seus lábios, já estão secos.

— Não precisa me chamar de irmão, Rafael. Já lhe disse isso muito, muito antes, que sou apenas um ajudante, e somente isso. - enfatizou, mas sem ser louvável.

— Sua lembrança é um dom divino, Órion. E é isso e digo mais... - se virara e começara a andar na direção do altar de tronos em passos largos como se alguém estivesse lá, sentado no lugar mais alto. — É por ela e por outras, que você está aqui, meu irmãozinho.

— Já disse para não me chamar assim, divino celeste. - nos pensamentos do Rei Caído, o arcanjo virava-se novamente para o elohim estático no centro deste tal proeminente auditório, novamente atônito.

O Patrono dos ofanins, retornava com as taças nas mãos cheias de liquido bordô. — Aceita uma taça de vinho? É agraciado pelo próprio Dionisio. - experimentou e ofereceu. — Tome.  estendeu — É divino como nos anos daquela época maravilhosa, onde os humanos veneravam esse patrono ancestral. - de perto se via uma semelhança entre eles.
Órion, nulo perante o ser soberbo aceitou, mas mesmo de lábios secos não provou. Ao contrário de Rafael que no mesmo instante, tomara mais alguns goles.
— Não gosta deste vinho, Órion? Ou será melhor de outra data? - questionou a retrocedência em questão.
— Não, divino arcanjo. Não há como negar, mas as perguntas são inevitáveis. Eu...
— Não precisa responder, nem mesmo perguntar. - interveio. — Eu lhe peço desculpas, nobre e único Rei de outrora existente. - enfatizando nas últimas palavras no qual gosta. — Devo é claro, fazer alguns esclarecimentos é obvio. - Andou para o lado e um pedestal brotara inevitavelmente ao lado de um pilar arredondado em estrias ovais acinzentadas. A taça e a jarra iriam cair e se espatifar no piso, numa cena lastimável se não estivesse sido - do nada! - materializada.
O arcanjo voltara para continuar.
— Por causa do selo, Órion. Por causa dele que você pisa aqui. E é por causa disto, eu nem preciso perguntar o que você, meu caro irmãozinho. - a pausa foi reflexiva — Ainda vaga em lembranças deploráveis, não é mesmo? - seu som e semblante ficaram leves e obstinados que a vibração fosse e chegasse aos ouvidos do elohim atônito. Ou era o acústico da localidade?
— Até agora nada, divino arcanjo. Este livro nunca foi meu. E nunca mais foi visto por nem sequer uma aura pulsante. Devo reconhecer que, nada há disso...-– suas questões não podiam ser mais evitadas. — Eu, devo perguntar, divino arcanjo. Mas como? Cadê os outros divinos celestes? Imagino eu sendo visto por eles, bem aqui.
— Tenha um pingo de serenidade, Órion. - vendo a estática figura incompreensível, ele não pôde conter. Um trono rastejava em pedras retalhadas, num ruído peculiar de pedra sobre pedra, vagarosamente chegava até o atlante para logo ele se sentar.
— Sente-se, meu caro irmãozinho. - demonstrou uma palma da mão. Seria outra graciosidade para os olhos profundos do elohim? Em sua pele morena e a pouca barba rala, os leves e negros fios de cabelo, agora, situava-se sentado, ainda segurando a taça com vinho bordô intocável, e seus lábios, ainda persistiam secos.
— Como você e os demais sabem, e vocês devem saber muito, como são amados aqueles meus irmãos. Sempre cuidando de suas hordas, além do mais, sempre estão. - deu a pausa soberba indo novamente em direção aos tronos sabendo da aflição do Rei Caído, que agora era inevitável não notar. — O Livro, Órion!. - os passos voltaram. — Já que não sabes muito bem, Nathanael vai ser o seu guia, já que são como, coirmãos. E vocês dois, irão encontrá-lo e antes que você me pergunte. - o arcanjo tinha feito o sinal com uma das mãos. — Estamos num tempo fabuloso para desbravar, não acha?
— Sim. Mas... - mudou a trajetória da resposta — Há tantas ilhas artificiais e flutuantes, eles voam até a lua em incontáveis vezes e não há como saber por onde começar a procurar. - Órion estava perdido. Ou menos transmitia isso.
— Não se preocupe meu caro irmãozinho. Como eu disse. Nathanael vai lhe ajudar. E agora, pode ir, antes que meus irmãos decidam vir até aqui, sem ao menos der tempo para uma retirada. - o atlante se ergueu e Rafael se aproximou. — Deixe comigo a taça, meu irmãozinho, já que nem sequer se agraciou dela, e que Deus lhe ilumine, único Rei. - o som novamente era ambicioso e alegremente diferente com certo tom de malícia, que até poderia ser sentido naqueles lindos olhos vibrantes.
O atlante não sabia se despedir e ia para a saída - ao mesmo tempo entrada - sendo acompanhado pelos olhos do Quinto arcanjo que segurava a taça antes sua, até lhe fazer um sinal de veneração quando se virou para a última contemplada. Órion lhe retribuiu com o mesmo sinal para o divino celeste, que aos poucos, a saída foi se iluminando e a escadaria íngreme, surgira de repente aos seus pés.
Os passos de metal, lentamente se aproximavam, até parar ao lado da Cura de Deus e a voz, soou sublime.
— Tem certeza que vai dar certo, irmão? - perguntou a voz sublime no emanar de mesma potência de aura do Quinto arcanjo. Ali, só eles, os cincos arcanjos, podem sentir a presença de qualquer emanação interna e externa. É prescrito por Yahweh.
— Nunca duvidei de Órion em toda a existência, Gabriel. - respondeu com os olhos ainda compenetrados, com todo o parlatório antes feito.
O Anjo da Revelação vestido a sua túnica longa e cinzenta, com toda a armadura, mas sem o elmo, em seu ser de presença magnânima, não deixou de perguntar o que os seus olhos claros, porém reluzindo em fogo, de um estado sereno não conseguia evitar.
— Seu estado em que se comporta meu irmão, como uma espécie humana, aliás, sua aura e o corpo humano que adotaste, chega a ser irritante sabia? - ele retrucara o irmão cruzando os braços, a voltar a fitar na mesma direção em que ele mirava.
O sorriso do canto de boca do Quinto arcanjo, só foi coberto pelo gole de vinho tomado ao se lembrar como conseguiu ser, o que agora nunca e nem ninguém, podiam ver e perceber neste divino celeste, como ele sempre fora: o Patrono dos ofanins,
Há sete tronos divinos, e a existência, sempre brilha.
Continua...

2 comentários:

  1. Cara contos e textos são sempre bem vindos ^^, eu e meu amigo tinhamos um projeto parecido com o seu agora temos um blog de cultura geral no Wordpress, quando puder dar uma visitada e tals ^^ Muito bom teu post ^^. @Rueles do http://eeek3.wordpress.com ^^

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    1. Eaí Lucas blza? Obrigado por Ler. Já ta nas pastas dos favoritos o teu blog - http://eeek3.wordpress.com - Té +

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